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segunda-feira, 4 de abril de 2011

"The Wasting Light" - 2010.


Depois de um hiato de dois anos, cada notícia veiculada ia aumentando mais a ansiedade sobre o retorno do grupo e o consequente novo álbum . Estranho afirmar, mas esse hiato foi bastante inspirador para Ghrol que fez uma espécie de volta às origens, desde a concepção até a gravação das novas músicas, todas registradas no estúdio da garagem do próprio Dave! Por trás de tudo a produção de Butch Vig ("Nevermind", lembra-se?). Para engrossar a lista de convidados, participações como a do ex-companheiro de Nirvana, Chris Novoselic; do guitarrista e vocalista Bob Mould – mestre da escola barulho/melodia na qual Ghrol e o finado Cobain estão entre os mais notáveis alunos e a volta de outro velho companheiro de Foo fighters: o guitarrista Pat Smear, deixando a banda agora com 3 guitarras em sua formação!
Desde já este é o melhor disco de Rock de 2011 e ponto. Com 11 músicas, este é o conjunto de músicas mais coeso desde o segundo e mítico álbum “The colour and the shape”. Não que a banda tivesse perdido a mão, mas seus últimos álbuns continham músicas espetaculares junto a outras não tão memoráveis, dando um ar meio irregular a obra deles. Já em “The wasting light” a estória é diferente, o grupo joga de cara cinco das melhores músicas já feitas por eles: a sequência de “Burning bridge” à “Arlandria” é realmente de deixar no repeat por horas; e olha que eu estou falando apenas das cinco primeiras faixas.
Para variar, em 1 de Abril – ao menos para mim – o álbum já vazava pela internet em qualidade baixa; espertamente, o grupo disponibilizou em streaming de alta qualidade o disco inteiro para se ouvir no site oficial.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"30 Dias de Noite" - 2007.

Desde que Stephenie Meyer e sua saga iniciada com "Crepúsculo" ganharam notoriedade que o senso de perigo em torno da mítica criatura dos vampiros desapareceu. Se algo ainda faz jus ao conceito original deles atualmente é a série de tevê "True Blood".
Não sei bem a recepção que "30 dias de noite" teve na época de seu lançamento, em 2007, mas tenho uma certa impressão que ele não fez tanto estardalhaço assim. O que é uma pena pois estamos diante de um excelente filme de suspense/terror. O filme é baseado em uma graphic novel escrita por Steve Niles e muito bem ilustrada por Ben Templesmith. Como nem toda adaptação de quadrinho é sinônimo de qualidade, ver o nome de Sam Raimi e do próprio criador da obra, ambos respectivamente como produtor e roteirista, nos tranquiliza bem mais. Quem já conhece Raimi sabe de seu currículo em filmes do gênero: a trilogia "Evil Dead", "O Dom da Premonição" e recentemente se encarregou de dirigir umas das melhores adaptações de quadrinhos que foi "O Homem-aranha". Apesar dele não estar diretamente na direção, só o fato dele estar produzindo já conta muito para o êxito do filme.

O enredo é sobre uma cidade no Alasca chamada Barrow que tem uma peculiaridade: uma vez por ano, durante o inverno, o sol deixa de nascer por 30 dias. O cenário perfeito para vampiros, que pouco à pouco vão isolando a cidade e deixando seus habitantes à mercê de sua sede de sangue. Todo o filme é muito bem cuidado e sem exageros, principalmente na parte de efeitos visuais, sem exageros de CG, fora a caracterização dos vampiros, que foge da imagem padrão já tão conhecida, ficando mais para uma versão modernizada do conde Orlock, de Nosferatu, que por sua vez lembrava um morcego, do que para Drácula. Um outro fator interessante são as imagens em tons cinza e escuro, remetendo diretamente aos quadrinhos (ver foto acima) e intensificando o clima claustrofóbico e denso da estória.
Ano passado saiu uma insossa continuação, chamada "Dark Days", sem maiores atrativos já que ele não conta com a mão de Raimi. Totalmente dispensável.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Os Vingadores.

Depois dos dois bem sucedidos filmes do Homem de Ferro e do reboot do Incrível Hulk, os próximos a estreiar serão os filmes do Thor e do Capitão América. Cada um deles traziam [e trazem] pistas para a cereja do bolo, que será a reunião de todos esses herois [ + Gavião Arqueiro, Viúva Negra e Nick Fury] em um único filme: Os Vingadores, cuja estreia será em 2012.
Inicialmente, o projeto iria ficar nas mãos de Jon Favreau [Homem de Ferro 1 e 2], porém o elevado preço de seus serviços fez a Marvel substituí-lo por Joss Wheadon; ficando Jon como produtor. Apesar de Favreau ter se revelado uma especie de Midas quando se fala de adaptações de quadrinhos, o filme dos Vingadores parece estar em boas mãos. Wheadon é um competente diretor e roteirista: é seu o roteiro de Toy Story e atualmente escreve a elogiadíssima "Surpreendentes X-men".
Depois de Watchmen, este será um dos projetos mais ambiciosos em se tratando de uma adaptação de quadrinho para o cinema. Não é fácil juntar tantos herois grandiosos assim em um mesmo filme e ficar com receio de que o conjunto não funcione tão bem.
O vídeo abaixo mostra a primeira reunião de elenco dos Vingadores na Comic-Con do ano passado.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Scribol.

Um portal que lhe direciona para sites com imagens curiosas como essa, além de listas com os 15 filmes final de carreira de..., as 10 invenções tiradas do filme "De volta para o futuro" que tornaram-se reais, acontecimentos ou notícias bizarras, tudo isso você acha no Scribol . Besteirol e curiosidades para as massas!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!



"All I wanted was a skateboard, but all I got was this stupid sweater, this stupid...".

[Superdeluxe - All I wanted was a skateboard]

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Scott Pilgrim vs. o mundo" - 2010

Até então eu nunca tinha ouvido falar de Scott Pilgrim, cujo universo é inspirado em mangás, videogames e música pop. Ao saber que o diretor Edgar Wright estava dirigindo a adaptação para o cinema dos quadrinhos, passei a procurar mais sobre ela.
A estória é a seguinte: Depois que sofre uma desilusão amorosa, Scott Pilgrim não consegue mais se envolver com ninguém até que conhece Ramona, uma moça independente e que muda de cor de cabelo como quem troca de roupa. O problema é que para conquista-la ele vai ter de enfrentar a liga dos 7 ex-namorados demoníacos.

A escolha dos atores foi correta e todos se assemelham bem as personagens do papel. Michael Cera até que sai um pouco do típico papel de jovem desajeitado que ele costuma fazer, surpreendendo em cenas de lutas. Ainda sobre o elenco, uma curiosidade é o papel do melhor amigo gay de Scott, Wallace Wells, interpretado por Kieran Culkin, irmão de Macaulay. Outro aspecto interessante são as referências musicais. O criador de Scott Pilgrim, Bryan Lee O’Malley, fez um quadrinho notadamente pop, começando pelo nome do heroi, inspirado numa canção da desconhecida banda Plumtree - Scott pode ser visto usando a camiseta deles em algumas cenas. Espertamente, Wright chama Beck e o produtor Nigel Godrich - Radiohead, Paul MacCartney - para cuidar da trilha sonora, com canções que vão de Metric, passando por Black Francis, Rolling Stones e Broken social scene. Fora as canções das fictícias bandas Sex bob-omb e Crash and the boys, dando forma aquilo que estava apenas na imaginação de quem leu as revistas.
Sabendo que em quase toda adaptação sempre há algumas mudanças na estória e para não arriscar a me decepcionar com o filme, preferi assisti-lo primeiro do que ler. A impressão é a de estarmos vendo uma adaptação de um game e não de uma HQ, de tão ágil e nervosa que é seu ritmo; fator que as vezes atrapalha o desenvolvimento de algumas situações e suas personagens. Apesar de tudo, este é seguramente o filme mais divertido do ano. Um pequeno clássico geek!


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Weezer - "Hurley" - 2010

Sair da Geffen e ir para a “independente” Epitaph até que fez bem para o Weezer. Fazendo um retrospecto: em 2000, o grupo voltava de um hiato de 4 anos com o inspirado “Green Album”, marcando o início de uma nova fase; fase esta que se caracterizou por um tipo de surto de hiperatividade, com a banda lançando um cd praticamente a cada ano. Longe de ser um fator positivo, o grupo acabou se tornando meio burocrático, com álbuns irregulares, ainda que tivessem excelentes singles. Sob esta perspectiva negativa, ficava difícil crer que eles ainda lançassem algo de relevância, porém “Hurley” muda um pouco dessa imagem, nos dando a impressão que este é o cd que o Weezer nos deve desde o verdinho.
A primeira coisa que nos chama atenção é a capa um tanto incomum, sem logo e apenas com uma foto de Jorge Garcia – o Hurley, do seriado Lost. Ainda que essa homenagem geek torne o cd atraente e o primeiro single, da música “memories”, nos empolgue, é inevitável o receio de se desapontar novamente. Mas o cd é bem mais resolvido e enxuto que os dois anteriores, nos entregando uma banda diferente e renovada, com composições redondas o suficiente para o álbum melhorar a cada audição.
"Death to False Metal" (2010).
Em menos de dois meses depois deste lançamento, o susto: Weezer lança mais um outro cd! Incorrigíveis? Nem tanto, este album é apenas para encerrar de vez o contrato com sua antiga gravadora, a DGC. O disco trás o curioso nome de “Death to false metal” e não compromete. As músicas aqui na verdade eram antigas e nunca tinham sido lançadas. Talvez para não ganhar o status de caça-níquel, a banda tenha entrado em estúdio para dar uma nova roupagem nelas.
Atualmente é difícil esperar que o Weezer possa voltar a fase Blue Album ou mesmo lançar algo tão significativo quanto Pinkerton. Talvez o mais próximo disso seja a nova turnê, onde eles irão tocar os dois citados albuns na íntegra, fora uma edição comemorativa do segundo disco; remasterizado e com faixas bônus. A própria banda também parece desencanada dessas cobranças e estar mais interessada em fazer aquilo que vier em suas cabeças, seja enfiando versões de Tony Braxton e Coldplay em seus discos, as esdrúxulas roupas da turnê do Red album ou desconstruindo a formação em cima do palco. É como diz o refrão da canção "Pork and beans": "eu faço as coisas que eu quero fazer, eu não tenho nada que provar para você".